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Os estudantes da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) percorrem caminhos diferentes para participar de suas aulas, atravessam distâncias em busca de ampliar os seus conhecimentos. O percurso entre o lar e o campus pode ser separado por ruas, bairros, municípios, estados, mas no caso de Ali Othman, países. Vindo da Síria, o estudante viajou por mais de 20 horas para cursar o doutorado em Fitotecnia em terras do semiárido brasileiro.

Com paradas no Líbano, na Etiópia e depois nas capitais brasileiras São Paulo, Recife e Natal, Ali concluiu sua viagem ao chegar à residência universitária masculina do Campus da Ufersa, em Mossoró.

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Após se formar em Agricultura em 2013, concluir o mestrado na área em 2017 e conquistar o título de doutor em 2023, Ali resolveu continuar sua pesquisa em um ambiente diferente. A conexão entre a Ufersa e a Universidade de Damascus é fruto do Programa GCUB de Mobilidade Internacional (GCUB-Mob), promovido pelo Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCUB), do qual a Ufersa é membro desde 2019, oferta bolsas integrais para estudos de Mestrado e/ou de Doutorado para estudantes internacionais.

No último edital, resultado do trabalho conjunto da Assessoria de Relações Internacionais (ARI) e das Pró-Reitorias de Pesquisa e Pós-Graduação e, Assuntos Estudantis (PROPPG e PROAE), foram selecionados 9 estudantes oriundos de Burkina Faso, Colômbia, Haití, Honduras e Síria, que deverão iniciar os seus estudos na Ufersa no ano de 2024, nos Programas de Pós-Graduação em Cognição, Tecnologia e Instituições (PPGCTI), Manejo de Solo e Água (PPGMSA) e Fitotecnia (PPGFITO). Ainda como parte da estratégia de integração linguística e cultural dos estudantes internacionais à Ufersa no período que antecede o semestre da pós-graduação, os estudantes estão participando do curso “Introdução ao Português do Brasil”, ministrado pelo Centro de Línguas do Semiárido (CELIS).

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A reitora da Ufersa, professora Ludmilla Oliveira fez questão de desejar boas vindas ao doutorando sírio, Ali Othman. “A Ufersa é a universidade que mais se assemelha com a realidade daquela região da Ásia e nós manifestamos o interesse de atender todos os povos do Oriente Médio”, afirmou a reitora ao receber o estudante estrangeiro no gabinete da Reitoria. Na ocasião, Ali agradeceu a cooperação acadêmica e se compromete em dar o seu melhor para conseguir êxito no doutoramento. Durante o encontro, a professora Ludimilla Oliveira revelou a intensão de visitar a universidade do doutorando na Síria.

O convênio com a Universidade de Damasco faz parte das diversas iniciativas internacionais da Ufersa. Enquanto estudantes do semiárido brasileiro levam os seus conhecimentos para países como México, Colômbia e Israel, a Universidade também acolhe discentes estrangeiros, oferecendo uma oportunidade única de aprendizado.

Junto ao professor Nildo Dias, da Pós-Graduação em Fitotecnia, o doutorando almeja prosseguir a sua pesquisa sobre estresse hídrico nas plantas. Sobre seus principais interesses durante a estadia no Brasil, Ali revela que deseja estudar seu objeto de pesquisa em diferentes contextos. “Eu posso aprender a lidar com essa situação das plantas em um clima diferente do que é o meu país”, diz. O pesquisador também destaca a importância dos estudos em diferentes condições climáticas para profissionais da área, devido ao aquecimento global.

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ADAPTAÇÃO – Ao chegar ao Campus, à barreira linguística não impediu com que Ali se sentisse bem recepcionado pelos residentes. “Eu não penso nisso como um problema, mas sim como um desafio”, responde o pesquisador, após ser perguntado sobre contratempos causados pela diferença de idiomas. Ali, que é nativo em árabe e fluente em inglês, já começou a estudar o português; enquanto isso, ele conta com a ajuda de Witor Oliveira, discente de Agronomia e morador da residência universitária. Em inglês, o estudante coopera com a adaptação do novo residente da Ufersa.

“Eu tenho ajudado ele a falar com as pró-reitorias, a reitora e, às vezes, nós só conversamos mesmo, como amigos”, conta Witor. No momento, Ali conhece apenas algumas palavras em português, aprendidas através de vídeos, aplicativos e conversas com os colegas, mas o doutorando pretende se aprofundar no idioma durante sua estadia.

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